27 anos de história, sempre a teu lado!

22.11.09 Dia de muitas Lutas
90 minutos, 27 e 32 anos…
90 minutos de luta contra um Guimarães bem organizado que com a fortuna de um golo alcançado num canto e com umas inesperadas defesas do goalkeeper Nilson nos atiraram para fora desta competição…pequena tristeza nessa tarde de domingo que não nos atirou ao tapete por completo, pois o motivo por lá estar era outro.
Corações a saltitar e olhos nos ecrãs gigantes a olhar para o relógio, minuto 26 e a ansiedade a entrar em êxtase, minuto 27 e solta-se a fumarada e apaga-se as velas, 27 anos de luta, sempre a teu lado, BENFICA FOREVER, aniversário do nosso grupo só poderia ser vivido na nossa curva.
A chama imensa fez-se sentir, com bastante colorido e muita fumarada pelo meio, ali estava correspondido o principal momento que nos moveu à Luz naquele dia, o assinalar do aniversário do nosso grupo, impossível falhar. Demonstração da nossa capacidade e da nossa força, os verdadeiros nunca desistem, Demasiado Fieis Para Desistir.
32 anos de luta, "Auf Widersehen Enke” foi a homenagem digna prestada por nós na despedida de um dos guerreiros que por ali passou e que dignificou a camisola que vestiu.
Até para partir de Ovar foi outra luta, tanto ou quanto titânica, mas vencida pela persistência de quem corre por gosto. Não vencemos todas as vezes que vamos á luta, mas perdemos todas as que não lutamos.

Ultras Ovar
DEMASIADO FIEIS PARA DESISTIR!

A história do nosso grupo, ainda pequeno mas cheio de alma! Parte 2

Entrávamos na primavera de 2009 com um Benfica - Sporting a florir nos corações ultra. Como extra o eterno derby decidia o desfecho de uma competição recente, a Taça da Liga. Jogo realizado no estádio do Algarve, o que significava rumar mesmo ao Sul de Portugal na esperança de voltar de lá com um consolo para aquela que seria uma viagem bastante exaustiva.
Toca a contactar a casa de Ovar fiel aos grandes momentos do nosso clube…reservas feitas e tempo angustiante a passar lentamente, nunca mais chegava aquele sábado.
7 da matina do primeiro dia primaveril do ano e toca a queimar asfalto rumo ao Algarve. Nas longas 7h de viagem, surgiu uma amizade cúmplice entre dois benfiquistas, um ultra e um ascendente a tal. As incidências daquele jogo rapidamente passaram por momentos para segundo plano, a possibilidade de pertencer a um dos maiores grupos ultra ganhava cada vez mais cor e realidade, perguntas e mais perguntas, outras tantas respostas e o bichinho adormecido estava mais vivo que nunca.
O autocarro tinha chegado ao Algarve por volta das 3 da tarde, com um calor de verão que aquecia literalmente o ambiente da final. Dentro do estádio as bancadas ganhavam um colorido devastador, o tsunami vermelho varria as centrais e um dos topos, estava dado o mote para o apito inicial.
Com um jogo algo equilibrado o Benfica escreveu direito por linhas tortas e obrigou o Sporting a ir à lotaria dos penaltys, onde as luvas de Quim fizeram a diferença e estava ganho o caneco.
Alegrias e festejos consumados e toca a regressar a Ovar.
30 de Maio e primeira incursão conjunta no seio dos ultras, em Vagos, na final de Futsal em que o Benfica saboreou uns pasteis de Belém com muita classe. Qual espécie de tatuagem que nos marca eternamente, que selou definitivamente a entrega ao clube tendo por correio os ultras.
Época 09/10 a ser preparada, sorteio realizado e grande expectativa para aquela deslocação à segunda jornada à cidade Berço, numa das apelidadas por muitos como “A deslocação”.
23 de Agosto e reunidas as falanges de apoio ao clube, toca a rumar ao Minho, naquela que seria a estreia conjunta no apoio á principal modalidade do clube, balanço ultra positivo, e ultra foi a amizade e a nossa dedicação daí em diante.

Eterno Benfica!

30.10.09 Braga 2-0 Benfica
De volta ao Minho desta vez para discutir a liderança isolada do campeonato. Ambiente apimentado durante a semana pelos intitulados “salvadores” da cidade dos arcebispos, que só poderia resultar num aroma intenso á volta do jogo.
Com lotação quase esgotada, o encarnado mais vivo das bancadas era o do topo Nascente, onde os ultras davam show e se mostravam para os da Poente (é muito bom ver os nossos símbolos de novo na curva).
Com o resultado do dia anterior no dragão, a chama estava mais viva, “rumo ao título cara***”, como internamente divulgado nesse mesmo dia…
Apito inicial e Benfica a deixar jogar o Braga que motivado por ser um outsider nestas andanças teve mais serenidade e conseguiu alcançar o primeiro golo cedo que os tranquilizou e permitiu enervar as hostes encarnadas, que mais enervadas ficaram com um golo amargamente anulado.
O esperado show Benfica, só se viu nas bancadas onde o colorido se fez ver e as vozes se ouviram, com altos e baixos é certo, mas sempre com paixão e orgulho.
Intervalo e confusão no túnel, parece que está a virar moda, início da segunda parte e Benfica e Braga a 10…com o nosso matador de fora, mau agoiro pois claro…com a frente fragilizada não ultrapassámos as barreiras que se impunham derrubar para virar o resultado, acabando inclusive por sofrer o segundo tento num contra ataque bracarense.
Vistas as imagens televisivas deu em revolta, enfim, resta o consolo que se prende com a presença assegurada em Alvalade do nosso goleador.
Com o primeiro sabor a derrota no campeonato, lá seguimos rumo a casa, pelo meio a habitual paragem na primeira estação de serviço, esta com ofertas para alguns…”só para quem lá esteve”.
Benfica Eterno, nas vitórias e derrotas, acreditamos que foi uma pequena pedra no caminho, não tivesse sido o jogo disputado na pedreira.

Ultras Ovar
DEMASIADO FIEIS PARA DESISTIR!

A história do nosso grupo, ainda pequeno mas cheio de alma! Parte 1

A febre dos ultras já se fazia sentir em dois jovens benfiquistas que pertenciam à claque da terra, no entanto não lhes passava pela cabeça ainda pertencer à mais antiga claque do Benfica.
O Sporting - Benfica para a Taça de Portugal a 16 de Abril de 2008 estava no destino destes jovens que ao visitarem o site dos Diabos e verem a possibilidade de adquirirem ingresso e participarem no jogo com os ultras resolveram telefonar, esse telefonema mudou a vida destes jovens.
Na altura era condição irem ver o jogo contra o Boavista domingo anterior, restava esperar por esse domingo, que além de participar no jogo do Bessa, se iria obter os ingressos e todas as informações para o jogo de Alvalade. Após desesperante espera semanal, lá foram de comboio, metro e autocarro direitinhos ao estádio, onde se questionaram como iriam identificar e falar com a pessoa que lhes atendeu o telefonema, até que de repente uma onda vermelha se dirija para eles que se deixaram mergulhar por ela.
O jogo não correu de feição, pois empatámos, no entanto a moral não foi a baixo, a meia-final em Alvalade significava muito nessa época.
O dia 16 lá chegou, de manhã a passar o tempo nas aulas, raio dos ponteiros dos relógios paravam, até que pouco depois do almoço lá arrancaram direitinhos à Luz, onde um colorido magnifico e uma grande concentração de benfiquistas iria proporcionar umas das maiores deslocações de sempre. No percurso até Alvalade, as habituais picardias a apimentar o ambiente do clássico, no estádio com a superior carregada de ultras, o espectáculo foi magnífico, arrepiava, com o golo do Maestro estava acesso o inferno.
No fim perdemos por 5-3, num grande jogo de futebol, onde a sorte não nos acompanhou, enfim um misto de alegria e tristeza pairava no coração daqueles jovens, por um lado a adrenalina e emoção que foi a deslocação a Alvalade e a primeira inclusão a sério no mundo ultra, por outro o culminar de uma época desastrosa em termos futebolísticos.
Esse jogo marcou o baptismo destes jovens que a partir desse dia foram demasiado fiéis para desistir e assíduos participantes no apoio ao Benfica.