sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Arranque dos campeões

07.08.10 Benfica 0-2 Porto
Supertaça Cândido Oliveira para abrir o apetite de uma nova época, uma época em que se espera a renovação das faixas de campeão.
A abrir a oficialidade da mesma, uma final contra o Porto, aguardada com alguma expectativa para ver até que ponto os craques que saíram tinham deixado um legado difícil de igualar.

O palco foi o estádio da cidade dos ovos moles, e mole foi também o jogo encarnado. Algo apático e inesperado, não se conseguiu impor a velocidade e profundidade do futebol anteriormente praticado. Com um golo madrugador para complicar as contas, o desnorte foi total e o caneco foi entregue aos azuis.

Mas como a história começa cedo, a preparação do primeiro jogo fora tratada como ditam as regras, com grande expectativa e constantes pressões para saber quando sairíam os papeis que dariam acesso ao estádio.

Com tamanha antecedência, os telefonemas foram constantes, as incessantes chamadas para a pessoa mais indicada (que constantemente alterava!) para fornecer os ditos cujos foram mais que muitos!! Na hora da loucura, o estádio já estava esgotado à nossa conta, na hora da verdade o cenário foi outro…

Com o aproximar do domingo calorento (ultra e meteorologicamente falando), lá se foi preparando os tubos para levantar o nosso estandarte. Com a medida calibrada de acordo com as normas vigentes, lá se chegou a lâmina do serrote aos tubos VD16 e consumou-me o corte nos 1,30m…Operação concluída com sucesso, terminando num limpar da rebarba exterior.

À hora combinada lá se mandou sms ao pessoal a dizer que estávamos atrasados, o refúgio estava encontrado no tasco da esquina, onde se estabeleceu as primeiras directrizes da operação.

Com a bica em chama, lá se mostrou os “confetis” que percorreram caminhos europeus para nos alegrar e aumentar o “som” da nossa passagem.

Com o mapa rigorosamente analisado e constantemente explicado a todos os presentes, lá se seguiu viagem rumo a Aveiro, primeira paragem na estação de serviço, a tal das happy hours…

Nos subúrbios da Taboeira estacionou-se os veículos nas ruelas exteriores ao estádio. Com um rasgo de perícia e instinto, qual oásis no meio do deserto, descobriu-se o melhor tasco para nos alegrar antes do jogo, de nome Café Tabu…Medo, receio e expectativa invadiam as nossas almas.

Tamanhos sentimentos foram elevados a um patamar transcendente quando nos deparámos com duas empregadas capazes de fixar os olhares a cerca de 1,50m de cota altimétrica.

Mete fresquinhas cá para cima que nós vamos dando conta do recado. Com tamanha montra para olhar, a assistência fora aumentando, o convívio em volta da causa, juntara azuis e vermelhos que de mãos dadas e olhos fixos deparavam-se com os movimentos das RR Girls, ou não se chamassem Rita e Regina, as referidas ditas cujas.

Sempre com o controlo apertado do velho barbudo que produziu tamanho molde, lá se foi consumindo o tempo que nos distanciava do jogo.

Com a promessa de lá regressar e a horas incompatíveis com a presença dos velhos, lá se deixou o refúgio e caminhou-se para próximo do estádio.

Com paragem nas bifanas de serviço para beber, chegou-se lume a um apetrecho que animou os adeptos mais aficionados, antecedendo umas balas de borracha a cruzar os nossos caminhos.

Passada a revista apelidada por “vai embora gaja boaaa”, os pés já vibravam nas bancadas e por ali permaneceram algo apáticos durante um jogo que nos correu francamente mal. Mas uma gota no oceano não desmoraliza as tropas, e a carruagem ainda mal arrancou.

No fim do jogo e no trajecto para casa de realçar as meninas da vida perdidas no meio dos trilhos da Taboeira que regulavam a velocidade da carruagem.


Demasiados Fiéis para Desistir
Ultras Ovar82®

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