sexta-feira, 30 de abril de 2010

Olha o título

24.04.10 Campeonato a um ponto
Almoço sossegado em casa e preparação da marmita para saciar a fome em mais um dia de luta. Mochila carregada e toca a rumar ao ponto de encontro onde nos iríamos estrear numa trasfega organizada por nós.

Hora marcada e lá estávamos todos preparados para rumar a Lisboa, apenas faltava a carrinha! Os mais impacientes chegaram a invocar o fantasma de Guimarães, mas o episódio não se repetiu.

Instalados no habitáculo e cuidadosamente escolhidos os lugares, não para ter vista privilegiada para o dvd, mas sim para as bocas de insuflação de O2 fresquinho que de imediato foram manipuladas pelos passageiros da frente.

Com o tacógrafo religiosamente nos 100 km horários a viagem lá foi seguindo, com as habituais crónicas de um bom treinador de bancada.

Um dos momentos altos foi o sorteio devidamente autorizado pelo governador civil que não pode estar presente dada a lotação esgotada do bus, com um minucioso controlo dos papelinhos o prémio lá saiu ao pintor de serviço que rejubilou com o casaco ganho.

Chegados ao estádio, toca a continuar a derreter mais uma sandocha, eram meia dúzia e das grandes, por isso há que aproveitar as pausas para esvaziar a mochila.



Com o estádio engalanado com um enorme CARREGA BENFICA a equipa embalou com uma grande exibição e com chapa 5 em matéria de golos, sendo que o suspeito do costume lá embalou mais 3 para a sua conta pessoal.

E com o título ali bem perto, despedimo-nos da equipa com um alegre “até já”, tendo consciência que o ponto mágico que nos conduzirá ao 32º título chegará brevemente.


Ultras Ovar
DEMASIADO FIEIS PARA DESISTIR!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Coimbra tem mais encanto vestido de vermelho e branco

18.04.10 - 19 anos de existência e nada melhor que festejar um aniversário assistindo a mais um jogo do Benfica na caminhada do título.
Semana bastante agitada numa autêntica caça ao bilhete e fuga ao mercado paralelo, sempre na expectativa do que iria acontecer, lá se conseguiu meio bilhete para rumar a Coimbra. Começou cedo a viagem, meio dia e há que apanhar o comboio directo a Aveiro para de lá mudar de meio de transporte e seguir para a terra dos estudantes.
Num autêntico carro melancia (verde por fora, vermelho por dentro), nem meia hora havia passado e já se respirava os ares de Coimbra. Porém ainda não se respirava calmamente, pois o ingresso ainda não estava em posse.
Antes de obter o ingresso, ainda se foi a tempo de assistir á chegada do autocarro do Benfica e de presenciar mais uma imensidão de benfiquistas a receberem os heróis,
Em termos de jogo, um jogo um pouco complicado onde tivemos que saber sofrer, mas é assim que se fazem os campeões…. Weldon mais uma vez a mostrar o seu valor…parece ser um talismã que já se sentiu no último título.
Terminado o jogo, a hora era de morfar uma hambúrguer e de seguidas umas sandes, antes do regresso a Aveiro onde se agradeceu aos queridos amigos que se lembraram de acordar ás 8 da manhã para darem a boa notícia da existência de um bilhete sem dono.
Chegado a Ovar, mais uma vez, com o desejo de dever comprido, num dia muito importante da minha vida, os 19 anos de existência…


Ultras Ovar
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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Derby Capital

13.04.10 Lagartos na A26
Novamente em contra relógio se chegou á chamada do bus que nos conduziria ao derby dos derbies, tal facto está a tornar-se suspeitosamente supersticioso. Instalados nos lugares duplos cedidos pela organização da caravana toca a arrancar comodamente para Sul.

A expectativa para a viagem era grande, estofos de cabedal, lugares com boa visibilidade cinematográfica, suspensões afinadas, limpeza efectuada, leitor de dvd com dvd’s, enfim, toda uma logística minuciosamente tratada. Já no asfalto da autoestrada, primeiro momento de frisson com a cuidadosa escolha do primeiro filme, era tamanha a pobreza que a pergunta que mais se ouvia era “o filme ainda não acabou?!”.

Cumprida a primeira etapa da viagem, era tempo da paragem habitual na estação de serviço, habitual não foi o tempo cedido pela organização, já que os 10m habituais contavam a partir do momento em que o motorista reduzia a velocidade para entrar na faixa de desaceleração! E que bonito foi o reencontro com a máquina de descasque da epiderme, lembram-se?! Só para quem nos acompanha…

Contida a emoção do reencontro, estava na hora de perturbar a boa leitura na improvisada biblioteca de serviço ao ar livre, ao som ténue dos veículos a passar na auto-estrada juntou-se um saudoso diálogo com os decibéis bem acima dos desejados por quem calmamente folheava um belo livro. E que belo continuou aquele livro após o atrevimento do leitor em olhar para o lado, pois o filme era tão fraco que se equacionava levar umas páginas para o resto da viagem.

Chegada á capital estava na hora do habitual controlo de tráfego pedonal no Colombo, desfrutando de umas inesperadas promoções, lá fomos mais uma vez consumir uns belos de uns hambúrgueres. Criteriosamente instalados rapidamente fomos analisando as vizinhas que calmamente usufruíam do espaço para as diversas actividades, chamou a atenção o suposto diálogo interessante via net da vizinha do flanco direito, “tás?!”. Sublinhe-se a passagem suspeita do Águia 1 antes da entrada em acção do chefe do sector de limpezas. “1,2 câmbio, problemas na sala 4”!

Regalado o estômago, estava na hora de passar ao próximo posto de observação, porém antes fomos confrontados com uns húngaros que faziam questão de querer equipar o Benfica com a Puma. Tal foi a simpatia que ficou o convite para uma bebida após o jogo, isto após a alegria tremenda de saber que durante 90m iriam estar bem juntinhos determinados elementos de Ovar com os Rod Stewart da Hungria.

Á chegada ao piso seguinte, distribuía-se embalagens de pinturas faciais para as quais rapidamente se propôs ajuda para a sua distribuição, isto após esclarecido o conteúdo da saqueta. Contados os passos da saída do Colombo até á escadaria do Metro e as bandas da passadeira para a praça de taxis, o ponto três era na praça interior. Conseguido o espaço para nos sentarmos, na rede saiu dois gémeos laricas açorianos do Funchal.

Regateada a bandeira para o Sr. Maia, estava na hora de entrar no estádio, antes porém observava-se a chegada dos lagartos, “marca o gajo pá!”.

No relvado o jogo estava prestes a começar, quando a fumarada no sector se fez sentir, intensificando a coreografia preparada para o derby, queremos o 2009 2010.

No campo e após uma primeira parte algo passiva, o segundo tempo teria de ser diferente para melhor. Com a lesão pré-anunciada do goleador, a apatia aumentava, até que num rasgo do Ruben Amorim, Oscar Cardozo empurra lá para dentro e explode o inferno vermelho. Com a entrada anterior do Pablo Aimar, a magia estava assegurada, com toques de classe e numa rápida desmarcação, sentenciou-se o jogo e embala-se o Benfica rumo ao título.



Com o autocarro em alvoroço com a partida não a de futebol, mas a da viagem, havia tempo para a habitual sandocha, ingerida com menos dentadas, tal era a pressa em arrancar pelos caminhos de terra batida rumo a Ovar.

Steven Seagal da Ponte Nova em acção a arrumar tudo na tv, era hora de abrir a emissão radiofónica, Antena 1, desporto, mas a emissão estava constantemente a ser interrompida por fulminantes raides, que segundo os especialistas provinham da bela meia de leite. E estava consumada mais uma viagem e mais uma vitória.



Ultras Ovar
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Batalha Naval

05.04.10 Nova Reviravolta Benfiquista
Segunda-feira Pascal e invasão á Figueira para responder ao apelo dos jogadores que sentiram tal como nós a perigosidade deste tipo de adversário, ainda para mais após as incidências ocorridas no derby do Minho. A romaria à Figueira fez-se sentir logo na portagem, lugar estrategicamente activo nas últimas viagens, mas desta vez a troca de vasilhame em Paderne deu lugar a apitadelas constantes e um pré-aquecimento para o jogo.
Com uma pequena visita guiada á Figueira, lá se descobriu o santuário Benfiquista da zona, bom prenúncio. A bênção benfiquista rapidamente deu lugar a um sentimento esquisito de partir uns envidraçados numa curva, era o núcleo dos lagartos, que deu lugar a uma troca de olhares suspeitos.
E com as máquinas estacionadas a umas boas dezenas de metros do recinto desportivo, lá se iniciou o preenchimento do estômago com mais uns belos panados, ou uma amostra deles, comparados com os concorrentes das rolotes que comercializavam uns panados dignos de umas orelhas do rato Mickey como alguém atento proferiu.
No longo caminho para o estádio a primeira paragem ocorreu no Champanhe Bar, que apesar de ter um nome digno de uma rasca casa de alterne figueirense, não era mais que um simples café com meia dúzia de gatos-pingados, e com cevada em stock “era só para saber se tinha, podia não ter!”.
Á entrada uma revista apertadíssima, não pela actividade da autoridade, mas sim pela largura da entrada, lá nos dirigimos á nossa bancada onde perante a força do vento, nos empenhávamos em contrariar o movimento das bandeiras.
Com dois tiros sofridos na armada benfiquista, era tempo de preparar o ataque ao adversário e puxar de armamento pesado para afundar a Naval, e que bem delineado foi esse ataque, com sublime reviravolta antes do intervalo com um toque de classe de Di Maria. Os batimentos cardíacos finalmente entraram nos ritmos desejáveis.
Conseguida mais uma importante vitória toca a continuar a caminhada para os veículos, desta vez por um caminho alternativo que encurtava em metade a viagem de ida.
Com o Allez Allez Benfica Allez sempre em uníssono contínuo lá se segui rumo ao Norte, com um momento bastante delicado na chegada á portagem em Mira. Silêncio assustador no meio do asfalto, ao barulho do ralenti, juntava-se apenas o tic tac da máquina devoradora de tickets de portagem. Com a nossa chegada lá se continuou o cântico que se despediu da equipa no estádio, com as buzinas a berrar lá se alegrou aquele aglomerado de carros que inexplicavelmente se inibia até á nossa chegada, haverá algum fantasma portageiro desde Paderne?!
Mais uma paragem, mais um sinal da nossa existência, estação de Vagos com laia da boa segundo o empregado sócio gerente do recinto, e que bem esteve tal indivíduo a proferir esta observação.


Ultras Ovar
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sábado, 3 de abril de 2010

Eterno Inferno Vermelho

01.04.10 Reviravolta Benfiquista
Manhã soalheira a nascer com aquele perfume de uma bela noite europeia. Embate de titãs, requer boa preparação física, por isso lá se foi levantar ferro na bela da matina para ajudar a passar o tempo. E tanto ajudou a passar que este ficou curto para o habitual ritual, com os panados já embrulhados, o tempo entrava num contra relógio alucinante, pé no pedal da direita e toca a derreter pneu até Ovar, rotunda da A29 em 2 rodas e siga a esticar umas belas 5 mil rotações por lá fora rumo á saída Norte.
Tendo como companheiro a faixa esquerdina, avista-se ao longe um autocarro de benfiquistas não identificável que valeu um enorme susto e um pensamento fugaz de puxar o manípulo entre os bancos e rumar em contra-mão ao seu encontro, todavia toca a esticar mais um bocadinho para confirmar se se tinha cumprido outro fuso horário, mas não, chegadinho a Ovar, e o belo do nosso autocarro lá estava a estrangular a rotunda habitual.
Sentadinho no banco estratégico lá se seguiu para Sul, ao contrário de outra companhia de transportes benfiquistas, ali havia dvd, e que polémica foi a escolha dos melhores filmes para alegrar a viagem, principalmente a de volta a Ovar, onde bem acompanhados pelo líquido dos deuses, os mais conceituados analistas cinematográficos fizeram questão de mostrar a sua opinião para com o filme criteriosamente escolhido.


Sempre com o cuidado e a preocupação centrado nos ilustres passageiros, o alerta a meio da viagem veio no micro, “pessoal em pé lá de trás, cuidado que a brigada vem atrás!”, mas a luta titânica pela boa sueca bem regadinha transitava os jogadores para um estado de espírito alheio a todas as intempéries.
Já em Lisboa, toca a efectuar a tradicional análise e controlo de tráfego no Colombo enquanto mais uma vez se consumia um belo mc menu.
Ingressos comprados para a recepção á lagartagem e lá se entra para dentro do estádio para começar a respirar a ofegante atmosfera europeia e que bela noite se adivinhava.
Com uma aterragem forçada no relvado, a Vitória só aterrou no sítio certo com a ajuda do Cardozo, que materializou as oportunidades falhadas e a avalanche benfiquista em dois penaltys.
Conseguida a reviravolta e consumada uma vitória com uma vantagem curta, mas importante, restava deixar o estádio.
Qual ritual que se tem instituído na viagem ao encontro da camioneta, e honrando o belo jardim ali construído, toca a encontrar a terceira árvore da direita para a esquerda e marcar território novamente, antes da literal subida ao relvado.
Engolidos na floresta de autocarros e enfrentado o trânsito, a viagem lá prosseguiu sempre com a bela da discussão pelo bom dvd. O silêncio reinava na viagem, até que despertados por algo, a baixas horas da madrugada, um inquérito típico da pide levanta o rumor da presença de um tripeiro na parte dianteira do autocarro e gera-se a confusão total, estava revivido o balançar da carruagem que entretanto chegou ao destino.


Ultras Ovar
DEMASIADO FIEIS PARA DESISTIR!